Posso ter um bebê HIV negativo se eu for HIV positivo?

Mulheres que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), ou mulheres cujo parceiro tem infecção pelo HIV, podem desejar ter filhos, mas se sentem preocupadas com o risco de transmissão do vírus para si mesmas (se o parceiro for HIV positivo) ou para o bebê.

O que é HIV?

O HIV é um vírus que pode enfraquecer o sistema imunológico a ponto de não conseguir controlar algumas infecções.

A infecção pelo HIV não é a mesma coisa que a AIDS. A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico está mais fraco e a pessoa tem várias doenças específicas.

A maioria das pessoas vivendo com HIV pode esperar viver uma vida longa e saudável sem nunca desenvolver AIDS, se estiver em tratamento eficaz.

É possível que um bebê não tenha o vírus HIV mesmo que a mãe seja HIV positiva?

Sim, é possível que uma mulher HIV-positiva dê à luz um bebê que não tenha HIV. Se você é HIV positivo e está grávida, deve consultar um profissional de saúde que conheça a doença do HIV. Sem tratamento, cerca de 25% dos bebês nascidos de mulheres com HIV também são infectados. No entanto, o uso de medicamentos antivirais, parto cesáreo e abstenção da amamentação podem reduzir o risco de transmissão para menos de 2%.

Eu não tenho HIV, mas meu parceiro sim. Posso engravidar sem pegar HIV?

Se você não tem HIV, mas seu parceiro tem, o risco de contrair o HIV ao tentar engravidar pode ser reduzido, mas não totalmente eliminado. Converse com seu médico sobre medicamentos para o HIV que você pode tomar (chamado profilaxia pré-exposição ou PrEP) para ajudar a proteger você e seu bebê do HIV.

Você também pode considerar esperma de doador ou tecnologia de reprodução assistida, como lavagem de sêmen ou fertilização in vitro, para engravidar. Essas opções podem ser caras e podem não ser cobertas por planos de saúde.

Ficar grávida quando ambos os pais têm HIV

Casais em que ambos os parceiros têm HIV podem ter um filho HIV negativo. Se ambos os parceiros estiverem em tratamento, o risco de qualquer um dos parceiros transmitir o HIV são menores.

O casal soroconcordante que está pensando em ter filhos deve falar com um obstetra e um especialista em HIV para minimizar o risco de transmissão do HIV ao seu bebê.

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E se meu bebê for HIV positivo?

Desde o final da década de 1990, o Ministério da Saúde publica recomendações para tratamento de crianças e adolescentes infectados pelo HIV e AIDS, baseadas nas evidências científicas vigentes. Periodicamente, há a atualização com a inclusão das informações sobre os avanços ocorridos nas orientações para o tratamento e acompanhamento das crianças expostas e infectadas pelo HIV.

Em janeiro de 2022 a Anvisa aprovou um novo medicamento para o tratamento de bebês e crianças que vivem com HIV. A agência aprovou o uso do antirretroviral Tivicay PD (dolutegravir 5 mg), comprimido dispersível para suspensão oral no tratamento de crianças e bebês a partir de quatro semanas de idade, com peso mínimo de 3kg

Além dessa aprovação, a ANVISA recentemente ampliou a recomendação do uso do Tivicay (dolutegravir 50mg) para pacientes acima de 6 anos, com peso superior a 20kg. Anteriormente, o medicamento era indicado apenas para pessoas que vivem com HIV acima de 12 anos (com peso superior a 40kg).

Com o acompanhamento e tratamento adequado, pais e filhos HIV positivo podem desfrutar de uma vida longa e tranquila.

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