Grandes mulheres brasileiras que você nunca ouviu falar

Conheça 6 mulheres incríveis, brasileiras, que lutaram em favor das mulheres e de uma sociedade igualitária.

Muitas mulheres brasileiras, guerreiras, foram esquecidas por nós, ou até mesmo nem são conhecidas. É por isso que vamos falar de grandes mulheres do nosso país.

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Uma das maiores motivações para as mulheres hoje, é conhecer história de outras mulheres que tiveram garra para enfrentar uma sociedade preconceituosa e vencer.

Ainda hoje, muitas mulheres sofrem com o machismo e preconceito, o que nos leva a refletir no Dia Internacional da Mulher e desejar um mundo melhor para todos.

Muitas guerreiras brasileiras são esquecidas por nós. Por isso separei algumas delas para homenagear a todas as mulheres.

Conheça 6 grandes mulheres brasileiras que fizeram história no país:

1. Enedina Alves Marques

Enedina foi a primeira mulher negra a se tornar engenheira no Brasil. Ela nasceu em 1913, de origem pobre e com cinco irmãos.

Quem pagou os seus estudos foi o major Domingos Nascimento Sobrinho, patrão da sua mãe, afim de que ela acompanhasse a sua filha nos estudos.

Quando ela se formou, ela começou a dar aulas e sonhar em se tornar engenheira. Ela entrou numa faculdade em 1940, frequentada somente por homens brancos.

Com muita determinação e esforço, ela se destacou  e se formou em Engenharia Civil pela Universidade do Paraná em 1945.

2. Narcisa Amália de Campos

Narcisa Amália de Campos é considerada a primeira mulher a se tornar jornalista profissional no Brasil, ela nasceu em 3 de abril de 1852 em São João da Barra – RJ.

Narcisa foi fundadora de um jornal chamado “Gazetinha”, onde explorava as questões da abolição da escravatura e o nacionalismo.

Seu jornal era voltado para o público feminino. Ela publicou um livro de poesias chamado “Nebulosas”, em 1872, e recebeu elogios de Machado de Assis.

Mesmo sendo reconhecida ele enfrentou acusações de que não era autora dos seus poemas, e também difamações do seu ex-marido.

Infelizmente a poeta faleceu aos 72 anos em 24 de junho de 1924, pobre e esquecida.

3. Raimunda Putani Yawnawá

Conhecida como Pajé Yawnawá, Raimunda é uma índia que nasceu no Acre, na Terra indígena do Rio Gregório.

Ela e sua irmã Kátia, foram educadas com a língua indígena e também portuguesa, e são reconhecidas como as primeiras mulheres a se tornarem pajés.

Elas se submeteram a um duro treinamento para serem pajé da tribo. Passaram um ano isoladas, tomando somente líquido a base de milho e comendo alimentos crus.

As duas se tornaram mensageiras da cultura Yawnawá. Raimunda Putani recebeu o Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Brasileiro.

4. Maria Quitéria de Jesus Medeiros

Maria Quitéria foi a primeira mulher a entrar nas forças do Brasil e se tornar militar, ela participou de várias batalhas contra os portugueses antes da independência do Brasil.

Ela nasceu em 27 de julho de 1792, em uma fazenda perto de Feira de Santana na Bahia, aos 10 anos sua mãe faleceu, ficando só com o pai.

Na luta a favor da indenpedencia do Brasil, ela pediu para que seu pai a deixasse ingressar no regimento do principe, mas ele não deixou.

Quitéria então fugiu para casa da sua meia-irmã, e ela a ajudou a se tornar o soldado Medeiros, se transformando em homem.

Mais tarde ela é descoberta, mas o major do batalhão permite que ela continue ali. Ela foi condecorada pelo Imperador Dom Pedro I. Faleceu dia 21 de agosto de 1853.

5. Maria Tomásia Figueira Lima

Maria Tomásia foi abolicionista, nasceu em 1826 numa família rica, foi aristocrata e lutou para que o fim da escravidão fosse adiantado no Ceará.

Ela nasceu no interior do Ceará, mas se mudou para Fortaleza depois que se casou com Francisco de Pala de Oliveira Lima, abolicionista.

Em 1880 ela foi cofundadora da Sociedade Abolicionista das Senhoras Libertadoras, e lutou em prol do fim da escravidão junto com 22 mulheres influentes.

Foi a primeira presidente da fundação, e conseguiu 84 alforrias no seu mandado, inclusive apoio financeiro do Imperador Dom Pedro II.

Ela estava presente em 25 de março de 1884 quando ocorreu o ato oficial da libertação dos escravos no Ceará, antes mesmo da Leia Áurea no Brasil.

 6. Chiquinha Gonzaga

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, neta de escravos, conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de janeiro em 17 de outubro de 1847, e faleceu em 1935.

Ela foi compositora, pianista e maestrina, aos 16 anos seu pai a fez casar, mas ela se rebelou contra os mal tratos do marido e o largou.

Ela era pianista autodidata, suas composições chamaram a atenção do produtores da época. Ela estreou em 1884 com “A Corte da Roça”, sob sua regência.

Foi assim que ela se tornou a primeira maestrina brasileira. Ela lutou contra uma sociedade preconceituosa e se recusou a publicar suas partituras com pseudônimos masculinos.

Ela abrasileirou ritmos Europeus, e foi precursora das marchinhas de carnaval. O Dia Nacional da Música Popular Brasileira comemora-se no dia do seu nascimento.

 

E aí? Qual delas você já conhecia?

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